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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

E em Marília, a situação política está complicada...

A Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura do prefeito eleito Vinícius Camarinha (PSB) por abuso de poder econômico e por abuso na propaganda em mídias sociais. Com a anulação de mais de 50% dos votos, nova eleição pode ser convocada em Marília, sem a participação da chapa formada por Vinícius e Sérgio Lopes Sobrinho (PSC).
 Vinícius Camarinha obteve 61.767 votos (51,78%). Foram 38.456 votos a mais que o segundo colocado Ticiano Toffoli (PT), atual prefeito, que teve 23.311 votos (19,54%), pouco mais que Daniel Alonso (PSDB), com 23.004 votos (19,28%). A informação está no site da ong Marília Transparente (Matra), que utilizou como fonte o Jornal da Manhã.
 Segundo a notícia, o juiz eleitoral Silas Silva Santos acatou denúncia protocolada no cartório eleitoral pela assessoria jurídica do candidato a prefeito Daniel Alonso.
 Como o despacho foi proferido cinco minutos antes do fechamento do cartório eleitoral, sexta-feira os advogados das partes envolvidas ficaram sabendo apenas que a ação era procedente, sem detalhes sobre o seu inteiro teor. Sábado, a imprensa fez plantão na porta do Fórum Eleitoral, aguardando por novidades. Mas os cartórios eleitorais estavam fechados.
 O site da Matra e o Jornal da Manhã relatam que Vinícius Camarinha foi acusado de utilizar um jornal e rádios do grupo CMN (Central Marília Notícias), ligado a ele, para atacar adversários na eleição deste ano e garantir promoção para sua candidatura. Além desta decisão, Vinícius Camarinha também é investigado pela Polícia Federal por possível patrocínio de churrascos dos quais ele aparece em fotos, já em poder dos policiais.
 O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e encaminhado à Justiça Eleitoral para o parecer do MPE (Ministério Público Eleitoral). A assessoria de imprensa de Vinícius Camarinha reconheceu a decisão e informou que ele vai entrar com recurso no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
 Caso não reverta a decisão, além de não poder assumir como prefeito ele ainda perde seus direitos políticos por oito anos, ficando assim inelegível.
Já no jornal Diário de Marília, Vinicius Camarinha se defende:
Após 40 dias proclamado eleito, com quase 52% dos votos, Vinícius Camarinha (PSB) sofre tentativa de impugnação através de ação que alega abuso do poder econômico nas eleições, interposta pelo PT e PSDB, dia 4 de setembro de 2012. Tal ação foi considerada improcedente pelo Ministério Público. Em despacho do dia 11 de outubro de 2012, o promotor Jairo José Gênova pediu seu arquivamento, no entanto o juiz eleitoral Silas Silva Santos teria dado, na tarde de sexta-feira (16), sentença favorável à impugnação do registro de candidatura de Vinícius.

A decisão pegou a população e os eleitores de surpresa. Há quem veja nisso uma armação política no sentido de provocar tumulto em uma eleição limpa e democrática no qual Vinícius Camarinha obteve 51,78% da preferência do eleitorado, com 61.767 votos, contra 23.311 do segundo colocado Ticiano Toffoli (PT).
“Isso é uma cassação da vontade popular, que me elegeu com ampla margem de votos. Mas estou seguro porque o povo fez a sua opção e o Ministério Público já se manifestou contra a ação, considerando que não há qualquer indício de irregularidade em minha campanha. Lamento profundamente a postura de meus adversários em querer levar a eleição no ‘tapetão’. Eleição se vence nas urnas, respeitando a vontade do eleitor”, declara o prefeito eleito Vinícius Camarinha que já acionou a justiça para que a vontade do povo seja assegurada. Como a decisão de impugnação foi tomada monocraticamente pelo juiz Silas Silva Santos, os advogados do PSB de São Paulo e de todo o Brasil pretendem recorrer ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), alegando que houve excesso na decisão prolatada por Silas 40 dias após Vinícius ter sido proclamado prefeito eleito. Os defensores questionam por que a impugnação não ocorreu antes da eleição.
O prefeito eleito Vinícius Camarinha está trabalhando por Marília desde que foi eleito, conseguindo inclusive recursos para a construção de poços profundos, abertura de novas avenidas, ampliação da Fatec e um plano de recuperação econômica da prefeitura.
“O que me causa estranheza é que a decisão judicial ainda não foi publicada, mas meus adversários políticos já sabem o teor do documento que vai contra a democracia e a vontade do povo”, declara Vinícius.
No decorrer da campanha eleitoral em Marília os boatos de que Vinícius ganharia a eleição, mas não seria diplomado, já percorriam todas as esferas políticas. Integrantes do PT e de outros partidos na cidade diziam que Vinícius venceria a eleição, mas não assumiria a prefeitura. Os advogados que defendem o prefeito eleito querem saber que forças e profecias são essas que, há 150 dias já anunciavam a decisão que foi tomada na última sexta-feira (16), às 17h38.
Mesmo que houvesse abuso de poder econômico conforme alega o juiz, a diferença de 40 mil votos obtida por Vinícius não dá margem alguma para que o fato influenciasse o colegiado de 162 mil eleitores. O resultado foi tão expressivo que Vinícius e o vice Serjão venceram em colégios eleitorais onde votam desde a classe alta e baixa, até a intelectualidade de Marília. Ambos também obtiveram mais votos que todos os outros cinco candidatos juntos.
 “O Ministério Público já havia pedido o arquivamento da ação e, se houve abuso de poder econômico, foi por parte dos candidatos que gastaram milhões em televisões regionais, outdoors, jornais e folhetos”, afirma Vinícius.
Cidade pode ter nova eleição
Caso os recursos apresentados por Vinícius Camarinha e Serjão da Acim não forem acatados pelo TRE, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) será acionado. Se mesmo assim não houver êxito, a Justiça Eleitoral obrigatoriamente deverá agendar novas eleições para o 1º trimestre de 2013. Nesse hiato de tempo a cidade será governada pelo presidente da Câmara.
“Vou continuar trabalhando para fazer prevalecer até o último momento a vontade proferida pelo povo através das urnas”, diz Vinícius.
Vamos acompanhar e ver no que vai dar.

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