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terça-feira, 22 de março de 2011

Descoberta a primeira evidência de outros universos

Nosso ciência foi “ferido” em colisões com outros universos. Agora os astrônomos descobriram a primeira evidência destes impactos na radiação cósmica de fundo



Existe algo interessantíssimo em andamento no mundo da cosmologia. No mês passado, Roger Penrose da Universidade de Oxford e Vahe Gurzadyan da Universidade Yerevan State na Armenia anunciaram que eles haveriam encontrado um padrão de círculos concêntricos nas radiações cósmicas de fundo, que são o ego do Big Bang.

Isto, eles dizem, é exatamente o que se esperaria de um universo que fosse eternamente cíclico. Com isto, eles querem dizer que cada ciclo termina com um Big Bang que inicia um novo ciclo. Neste modelo, o universo seria algum tipo de boneca russa, com os universos anteriores contidos dentro do universo atual. Essa é uma descoberta extraordinária: evidencia algo que ocorreu antes do Big Bang.

Hoje, outro grupo disse que acharam outra evidência no eco do Big Bang. Este grupo começou com um modelo diferente do universo chamado de inflação eterna. Neste modo de pensar, o universo que nós vemos meramente uma bolha no espaço. Esse espaço é preenchido com outras bolhas, todas essas bolhas são outros universos onde as leis da física podem ser dramaticamente diferentes do nosso.

Essas bolhas provavelmente tiveram um passado violento, empurrando-se e deixando para trás “machucados” cósmicos quando se tocaram. Se for assim, então esses “machucados” devem ser visíveis hoje em dia na radiação cósmica de fundo.Agora Stephen Freeney da Universidade de Londres e alguns colegas dizem ter encontrado uma evidência desses machucados na forma de padrões circulares nas radiações cósmicas de fundo. Eles encontraram quatro desses machucados o que significa que nosso universo já deve ter colidido com outras bolhas pelo menos quatro vezes no passado.

Novamente, essa é uma descoberta extraordinária: a primeira evidência de outros universos além do nosso. Então, o que concluir sobre essas descobertas? Primeiramente, esses efeitos poderiam facilmente ser uma ilusão de óptica. Como Feeney e seu parceiro reconheceram “é mais fácil encontrar todos os tipos de propriedades estatisticamente improváveis em um grande centro de dados como o CMB”. Isso com certeza!

Existem algumas precauções estatísticas que podem ir contra isso, e ambos, Feeney e Penrose tem que suporta-las em vários sentidos. Mas estes são argumentos improváveis. Nas últimas semanas, muitos grupos tem confirmado o achado de Penrose enquanto outros não encontraram evidências disso. Espera-se um padrão similar ao de Feeny. O único modo de resolver isto é confirmar ou refutar os achados com dados melhores. Com sorte, novas informações estarão disponíveis graças à espaçonave Planck que está atualmente investigando a ciência com maior sensibilidade do que nunca.

Cosmologistas deverão ter mais dados para utilizar em alguns anos. Quando conseguirem, estes círculos deverão ficar claros ou desaparecer nas imagens (como no caso da face misteriosa de Marte que apareceu em fotos do planeta vermelho tiradas pela Viking 1 e desapareceram em fotos de melhor resolução tiradas pela Global Surveyor). A espaçonave Planck resolver a questão: ou, com alguma sorte nos dará ainda mais mistério. Enquanto isso vamos ter debates fascinantes sobre essas informações e quais as consequências da natureza do universo

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